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Anedota sobre motociclismo…

Recebi essa anedotinha por e-mail. Muito boa, por sinal:

Velocidade

Arte: Daniel Francelino (eu mesmo, o autor do blog!)

Arte: Francelino (sim, também sou desenhista....)

Um motociclista ia a 140 km/h por uma estrada e, de repente, deu de encontro com um  passarinho e não conseguiu esquivar-se: PÁ!!!

Pelo retrovisor, o cara ainda viu o bichinho dando várias piruetas no  asfalto até  ficar estendido. Não contendo o remorso ecológico, ele parou a moto e  voltou para socorrer o bichinho.

O passarinho estava lá, inconsciente, quase morto. Era tal a angústia do motociclista que ele recolheu a pequena ave, levou-o
ao  veterinário,  foi tratado e medicado, comprou uma gaiolinha e a levou para casa, tendo o  cuidado  de deixar um pouquinho de pão e água para o acidentado.

No dia seguinte, o passarinho recupera a consciência. Ao despertar,vendo-se preso, cercado por grades, com o pedaço de pão e a  vasilha de  água no canto, o bicho põe as asas na cabeça e grita:

– PQP! Matei o motoqueiro!

Oficial: as duas lojas da Kasinski fecharam as portas em Campo Grande. Notícia foi vista no fórum do Motonline e confirmda no link de revendedores da marca, no site da própria Kasinski: não aparecem lojas para Campo Grande. Somente para Rio Verde e Dourados.

Vamos ver se com a aquisição pela Zongshen a Kasinski volte a conquistar o Brasil.

Lá e Cá – 2

Honda CG125cc, produzida no Japão até 1992:

CG 125 japonesa, 1992

CG 125 japonesa, 1992

Sundown Hunter 125cc, atual

Sundown Hunter 125cc, atual

Semelhanças, coincidências, ou o quê?

Um motociclista chinês foi encontrado vivo dentro do seu caixão, no Hospital nº6 de Heijiang, na província de Sichuan, sudoeste da China, diz o jornal Global Times.

Zhang Houming, 46 anos, foi declarado morto cerca de uma hora depois de ter sofrido um acidente contra um carro, quando regressava para casa depois do trabalho, na sexta-feira passada.

Segundo o relatório médico, o electrocardiograma feito ainda na ambulância indicou que o coração de Zhang Houming “deixou de bater e a respiração parou”.

Como causa de morte, o médico de serviço escreveu: “traumatismo craniano grave”.

Zhang Houming foi diretamente conduzido a casa mortuária do hospital, onde horas depois um irmão lhe pegou no pulso e constatou que, afinal, ele ainda estava vivo.
A família já pediu uma indenização de 1,5 milhão de yuan (150 mil euros), disse também o Jornal Global Times.

Fonte: rockriders.com.br

**********
Meu comentário é: Esses ‘médicos’ nunca ouviram falar em parada cardiorrespiratória, estado de choque, coisas assim?

Até eu, que de médico só tenho a caligrafia, ia sugerir que tentassem aferir a pulsação pelo pescoço, punho, quadril próximo a um dos rins, uma lanterna pra ver se as pupilas não se fechavam e se estava dilatadas e por fim, um eletroencefalograma, pra ser repetido 3 vezes no intervalo de uma hora em cada.

Comparando a China com o Brasil, ser atendido pelo SUS é praticamente ser cliente ‘vip’ de um plano de saúde de magnata, né não?

Errata

Onde eu disse que tanto a Super 100 quanto a Hunter 100 são produzidas pela Qingqi, entenda-se que que a Zongshen produz a Hunter e a Lifan produz a Super.

Novo visual

Estreando um novo cabeçalho no blog. Na foto, o motor em close da Judith, a minha Hunter 100 (meses antes da queda).

Espero que tenham gostado do novo visual.

A leitora Patrícia postou um comentário que creio que deve ser as dúvidas de muitas pessoas que chegam aqui no blog: que moto comprar? Dafra ou Sundown? Hunter 100 ou Super 100?

Veja o que a Patrícia escreveu:

“Cara! que sorte, heim?

Estava procurando matérias sobre motos de baixas cilindradas e cá encontrei o seu blog! Muito bom!
Parabéns.

No post você citou a Super100 da Dafra como comparação a Hunter. A Dafra tem realmente qualidade inferior?
A Hunter satisfaz para percorrer distâncias pequenas? tipo casa-academia-trabalho-faculdade-casa?
E sobe ladeiras normal? Ou é forçar muito?

Desculpa por tantas perguntas é que fiquei interessada na Hunter, porém não conheço muito de moto.

Abraços e boa recuperação!”

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

E eu respondi a ela num texto longo, mas onde procurei ser esclarecedor, expondo meus pontos de vista:

Boa tarde, Patrícia!

Inicialmente, quero lhe agradecer pela sua visita ao blog, pela suas perguntas e por suas estima de minha recuperação.

Bom, vamos lá:

– Longe de se desculpar, você tem mais é que perguntar mesmo. É perguntando que passamos a saber sobre alguma coisa. E para mim, é muito bom responder perguntas como as suas, pois me estimula a pesquisar sobre novos assuntos.

-Sobre as motos, a primeira coisa que tem-se que ter em mente é que são duas motos de baixo custo produzidas na China, pelo mesmo fabricante: Qingqi e comercializadas no Brasil pela Dafra e Sundown por preços bastante parecidos: R$ 2990,00 em média, sem incluir o emplacamento e documentação.

Visualmente, as duas são gêmeas idênticas, com uma sutil diferença na alavança do afogador: na Super 100 é um pino de metal curvado em “L” e na Sundown é uma peça plástica semelhante a uma válvula/torneira. Ambas são projetos simplificados de motos urbanas, remetendo aos anos 70.

Os motores produzem potência equivalente, na casa dos 7,07 cv (como comparação, a Suzuki Yes tem 125cc de cilindrada e quase 15cv de potência). Os números se assemelham também no consumo: com média de 40 a 50 km/litro e tanque de combustível com total de 10 litros, com ligeira vantagem da Hunter, que tem 1,5 litro de reserva (8,5 litros sem a reserva).

E na hora de abastecer, começam algumas diferenças sutis: uma queixa comum de donos de Super 100 é que a moto vaza combustível pela tampa do tanque quando totalmente abastecida, por mais que se troque a tampa por outra de mesma marca e modelo.

Este é um problema que ainda não experimentei na Hunter. Normalmente uso-a até “secar o tanque”, quando falta pouquíssimo para se esgotar a reserva. Daí abasteço os dez litros, ficando no limite do abastecimento recomendado pelo fabricante. É completar o tanque, fechar e seguir trajeto. Nenhuma gota escorre de lá. Não podendo se dizer o mesmo da Super 100.

Um item de comodidade que ambas possuem é o bagageiro na traseira, que serve para transportar pequenos volumes e como alça para um eventual passageiro na garupa. Em ambas, convém não colocar peso em excesso sobre essa peça:para cada 1kg colocado sobre o bagageiro traseiro, é como se fossem colocados na verdade 7kg sobre a peça.

E aí a Dafra mostra outra vez uma face de pouca resistência: uma outra queixa tão comum quanto o vazamento de combustível é a quebra das ferragens do bagageiro, por uma, duas e até três vezes consecutivas, seja trocando a peça ou ressoldando-a.

Outro fator negativo comum é a ocorrência de infiltração de águal no painel da Dafra, havendo casos comuns de substituição integral do painel, sem que contudo, o problema fosse solucionado.

Não é intriga nem disse-me-disse. É o que verifico nos fóruns de motos e motociclismo: relatos de donos de uma e outra moto e suas dores de cabeça e alegrias.

Minha pequena Hunter atualmente está com 799,1km rodados, desde setembro/2009 e até o momento só apresentou erros de montagem pela concessionária, logo no início do uso e todos foram solucionados sem que fossem cobrados valores para isso.

Apenas essa queda que sofri é que fez com que fossem trocadas 12 peças integrantes da moto, incluindo-se aí o painel todo, que ficou bastante avariado no acidente.

No mais, a Hunter é uma motinho muito boa. É honesta: você paga 3 mil reais e vai receber uma moto que vale esse dinheiro, centavo a centavo.

No trânsito, ela é bem esperta, ágil e boa de saída nos sinais, deixando normalmente muita CG e Titan pra trás.

O consumo, como lhe disse, é campeão: de 40 a 50km/l. A motinho é leve: 86kg de peso seco e comporta uma carga máxima de 150kg somando-se o piloto, garupa, equipamentos e bagagem. Na minha Hunter, já cheguei perto desse limite carregando uma pessoa na garupa e a moto não negou serviço nem deu sinais de fraqueza.

Conferi o relato de um dono de Hunter que pesa 80kg e frequentemente anda com a esposa, que pesa menos de 60 e a motinho segue firme andando bem.

Para pequenas distâncias é uma boa pedida. Rodava com minha moto até a data do acidente uma média de 100, 120km/semana, indo de casa para o trabalho e voltando de segunda a sexta. E aos finais de semana, indo visitar amigos em bairros distantes ou simplesmente, dando uma volta na cidade pra espairecer.

Para o seu trajeto (casa, malhação, trabalho, facul e casa) ela tem tudo pra te atender bem.

O que destaco de negativo, tanto nela quanto na Super 100 são três coisas:


1 – a espuma do banco deveria ser mais densa (não dura, densa), pois após uma hora ininterrupta de andança ou mais, começa-se a sentir a ferragem do banco sob o corpo, mas isso ocorreu comigo apenas uma vez.

2 – Outro ponto ruim são os freios, que eu considerei muito pequenos pra ambas as motos, mesmo sendo de baixa cilindrada. Na dúvida, use bem o freio-motor e dirija de forma preventiva/defensiva, antecipando as reduções de velocidade e marcha quando necessário.

3 – o nível de ruído é um pouco alto do meu ponto de vista nas duas motos, mas isso é amenizado após os primeiros mil km rodados (amaciamento).

De positivo, o consumo, a valentia do motor, a baixa manutenção (Hunter. Dafra não tenho como avaliar, mas vê-se que há uma melhor aceitação da Hunter), a potência do farol da Hunter é algo a se destacar: ilumina bem, inclusive, é mais claro e tem facho mais longo comparado com motos como a Suzuki Yes / Honda CG/Titan/Fan e o baixíssimo índice de roubo.

E pra terminar, antes que eu me esqueça: a Hunter 100cc não tem medo de ladeiras. Na cidade em que moro (Campo Grande-MS), passo por uma série de ladeiras, de variadas inclinações, pois a cidade está sobre uma serra e a motinho se desloca com muita valentia. Mesmo com garupa.

Meu comentário final é este: estou satisfeito com minha Hunter100cc. Não tenho como recomendar a compra desta ou daquela marca/produto, mas no que te posso dizer de comparativo, ficaria novamente com uma Hunter, se fosse pensar em trocar de moto.

Grande abraço e continue lendo este blog. Muito obrigado pelo seu comentário!

Daniel Francelino.

Editor.

a tarde, Patrícia!

Inicialmente, quero lhe agradecer pela sua visita ao blog, pela suas perguntas e por suas estima de minha recuperação.

Bom, vamos lá:

– Longe de se desculpar, você tem mais é que perguntar mesmo. É perguntando que passamos a saber sobre alguma coisa. E para mim, é muito bom responder perguntas como as suas, pois me estimula a pesquisar sobre novos assuntos.

-Sobre as motos, a primeira coisa que tem-se que ter em mente é que são duas motos de baixo custo produzidas na China, pelo mesmo fabricante: Qingqi e comercializadas no Brasil pela Dafra e Sundown por preços bastante parecidos: R$ 2990,00 em média, sem incluir o emplacamento e documentação.

Visualmente, as duas são gêmeas idênticas, com uma sutil diferença na alavança do afogador: na Super 100 é um pino de metal curvado em “L” e na Sundown é uma peça plástica semelhante a uma válvula/torneira. Ambas são projetos simplificados de motos urbanas, remetendo aos anos 70. Os motores produzem potência equivalente, na casa dos 7,07 cv (como comparação, a Suzuki Yes tem 125cc de cilindrada e quase 15cv de potência). Os números se assemelham também no consumo: com média de 40 a 50 km/litro e tanque de combustível com total de 10 litros, com ligeira vantagem da Hunter, que tem 1,5 litro de reserva (8,5 litros sem a reserva).

E na hora de abastecer, começam algumas diferenças sutis: uma queixa comum de donos de Super 100 é que a moto vaza combustível pela tampa do tanque quando totalmente abastecida, por mais que se troque a tampa por outra de mesma marca e modelo. Este é um problema que ainda não experimentei na Hunter. Normalmente uso-a até “secar o tanque”, quando falta pouquíssimo para se esgotar a reserva. Daí abasteço os dez litros, ficando no limite do abastecimento recomendado pelo fabricante. É completar o tanque, fechar e seguir trajeto. Nenhuma gota escorre de lá. Não podendo se dizer o mesmo da Super 100.

Um item de comodidade que ambas possuem é o bagageiro na traseira, que serve para transportar pequenos volumes e como alça para um eventual passageiro na garupa. Em ambas, convém não colocar peso em excesso sobre essa peça:para cada 1kg colocado sobre o bagageiro traseiro, é como se fossem colocados na verdade 7kg sobre a peça. E aí a Dafra mostra outra vez uma face de pouca resistência: uma outra queixa tão comum quanto o vazamento de combustível é a quebra das ferragens do bagageiro, por uma, duas e até três vezes consecutivas, seja trocando a peça ou ressoldando-a.

Outro fator negativo comum é a ocorrência de infiltração de águal no painel da Dafra, havendo casos comuns de substituição integral do painel, sem que contudo, o problema fosse solucionado.

Não é intriga nem disse-me-disse. É o que verifico nos fóruns de motos e motociclismo: relatos de donos de uma e outra moto e suas dores de cabeça e alegrias.

Minha pequena Hunter atualmente está com 799,1km rodados, desde setembro/2009 e até o momento só apresentou erros de montagem pela concessionária, logo no início do uso e todos foram solucionados sem que fossem cobrados valores para isso. Apenas essa queda que sofri é que fez com que fossem trocadas 12 peças integrantes da moto, incluindo-se aí o painel todo, que ficou bastante avariado no acidente.

No mais, a Hunter é uma motinho muito boa. É honesta: você paga 3 mil reais e vai receber uma moto que vale esse dinheiro, centavo a centavo.

No trânsito, ela é bem esperta, ágil e boa de saída nos sinais, deixando normalmente muita CG e Titan pra trás. O consumo, como lhe disse, é campeão: de 40 a 50km/l. A motinho é leve: 86kg de peso seco e comporta uma carga máxima de 150kg somando-se o piloto, garupa, equipamentos e bagagem. Na minha Hunter, já cheguei perto desse limite carregando uma pessoa na garupa e a moto não negou serviço nem deu sinais de fraqueza. Conferi o relato de um dono de Hunter que pesa 80kg e frequentemente anda com a esposa, que pesa menos de 60 e a motinho segue firme andando bem.

Para pequenas distâncias é uma boa pedida. Rodava com minha moto até a data do acidente uma média de 100, 120km/semana, indo de casa para o trabalho e voltando de segunda a sexta. E aos finais de semana, indo visitar amigos em bairros distantes ou simplesmente, dando uma volta na cidade pra espairecer.

Para o seu trajeto (casa, malhação, trabalho, facul e casa) ela tem tudo pra te atender bem.

O que destaco de negativo, tanto nela quanto na Super 100 são três coisas:

1 – a espuma do banco deveria ser mais densa (não dura, densa), pois após uma hora ininterrupta de andança ou mais, começa-se a sentir a ferragem do banco sob o corpo, mas isso ocorreu comigo apenas uma vez.

2 – Outro ponto ruim são os freios, que eu considerei muito pequenos pra ambas as motos, mesmo sendo de baixa cilindrada. Na dúvida, use bem o freio-motor e dirija de forma preventiva/defensiva, antecipando as reduções de velocidade e marcha quando necessário.

3 – o nível de ruído é um pouco alto do meu ponto de vista nas duas motos, mas isso é amenizado após os primeiros mil km rodados (amaciamento).

De positivo, o consumo, a valentia do motor, a baixa manutenção (Hunter. Dafra não tenho como avaliar, mas vê-se que há uma melhor aceitação da Hunter), a potência do farol da Hunter é algo a se destacar: ilumina bem, inclusive, é mais claro e tem facho mais longo comparado com motos como a Suzuki Yes / Honda CG/Titan/Fan e o baixíssimo índice de roubo.

E pra terminar, antes que eu me esqueça: a Hunter 100cc não tem medo de ladeiras. Na cidade em que moro (Campo Grande-MS), passo por uma série de ladeiras, de variadas inclinações, pois a cidade está sobre uma serra e a motinho se desloca com muita valentia. Mesmo com garupa.

Meu comentário final é este: estou satisfeito com minha Hunter100cc. Não tenho como recomendar a compra desta ou daquela marca/produto, mas no que te posso dizer de comparativo, ficaria novamente com uma Hunter, se fosse pensar em trocar de moto.

Grande abraço e continue lendo este blog. Muito obrigado pelo seu comentário!

Daniel Francelino.

Editor.

Ai, meu bolso!

Saiu o orçamento de reparo da moto. Somando as peças e mão-de-obra, chega-se ao valor de R$ 745,47, não incluídos aí o desconto de 10% sobre a compra das peças. Autorizado o serviço, a pequena valente volta às atividades na sexta-feira, ou até antes.

Sobre o bagageiro que arranhou, ralou e descascou, a consultoria técnica da autorizada daqui de Campo Grande – MS disse que fica a meu critério: não pintar o bagageiro, repintar numa oficina de funilaria conveniada com eles, repintar na oficina que eu quiser ou repintar eu mesmo, no quintal de casa. Em qualquer dos casos, não haverá perda da garantia.

A lista de peças que serão substituídas:

Pára-lama dianteiro
Farol completo
Retrovisor esquerdo
Manete esquerdo
Protetor de borracha direito
Seta dianteira e traseira esquerda
Guidão
Pedaleira do piloto
Borracha da pedaleira do piloto
Painel completo
Coluna da mesa

Queda!

“O asfalto é um grande ralador, apenas esperando para que você caia nele” (Paulino, advogado e grande amigo, sábio sobre o destino inevitável dos motociclistas)

Quarta-feira, 6 de janeiro de 2010, 7h da manhã. Poderia ser apenas um belo dia de sol forte, de calor insuportável e uma mnhã suarenta anunciando chuvas pro fim do dia.

Como de costume, já estava pronto pra ir ao trabalho, um trajeto de pouco mais de 8km a ser percorrido, como nas manhãs e fins de tarde anteriores. Pego a moto, tiro-a de dentro de casa, fecho o portão, tranco a casa e me equipo: tiro os óculos, ponho o capacete, ponho os óculos, ajusto-os, fecho a viseira e fecho a “juguleira” do capacete. Subo na moto, ajusto a tira da bolsa estilo carteiro que uso para ficar mais curta quanto possível.

Ponho a chave no contato, viro-a. A luz indicando a primeira marcha acende. Aciono o pedal do câmbio até que a moto caia em neutro. Verifico a torneira do combusttível. Está tudo certo. Recolho o descanso lateral da moto, aciono o interruptor do farol e ligo a moto. Acelero suave umas duas vezes, deixo o motor acionado por um minuto e aciono o freio dianteiro, pra em seguida, acionar o câmbio, colocar a primeira marcha e sair. Tudo certo no caminho até a hora de mudar o trajeto…

Mudança de planos

Por conta de uma obra na Rua 14 de julho, próximo à Av. Mascarenhas de Morais, área norte da capital, tenho que dar meia-volta e entrar à direita na primeira rua livre que econtrei. Sigo até a Av. Júlia Maksoud, paro no sinal do cruzamento com a Av. Mascarenhas de Morais. O sinal abre e eu vou. Na minha frente, um Pálio verde. Logo atrás, um Corsa branco.  Agora a Júlia Maksoud passa a se chamar Pedro Celestino. Uma rua que começa a fazer uma curva em “S”. Faço a primeira perna do “S” com perfeição. As placas indicam a máxima de 40km/h. Reduzo… fico em 30km/h…  aciono suavemente o freio traseiro e o dianteiro… reduzo para a 2ª marcha… a velocidade vai a 25km/h… me mantenho assim… reduzo um tanto mais… passo pela segunda metade do “S” aberto…

No meio do caminho tinha tampa…

Com baixa velocidade e freio traseiro ainda sendo acionado de leve, paro de acelerar, pois é um declive. Deixo a moto no freio motor, mas eis que no meio da faixa há uma tampa de bueiro. Devidamente fechada e rente ao piso, mas o suficiente para que a roda traseira perca aderência e tração e faça a traseira da moto sair para a direita. A dianteira insiste em seguir pela esquerda, a moto inclina e eu ganho o chão.

No instante da queda tenho o reflexo de fechar os olhoas e abri-los rapidamente, enquanto ouço o barulho de plástico quebrando e metal arrastando. Caio pra esquerda, com a cabeça virada pra trás e o tronco de bruços. Ainda vejo o Corsa branco vindo na minha direção. Por sorte, o motorista reduz ainda mais a velocidade e desvia com tranquilidade. Nem o condutor do corsa nem os motoristas dos demais carros param pra ver o que houve.

Quem pára é um motociclista que vinha no sentido contrário da rua. Encosta a moto, desce, pergunta se estou bem, me ajuda a levantar a moto do chão. Agradeço pela ajuda. Ele refaz a pergunta e asseguro que está tudo bem.

Sinto as dores da queda. Solto um palavrão repetidas vezes, bravo com o erro que cometi ao cair, não pela ajuda que recebi. O motociclista segue o trajeto com a passageira que levava na garupa. A moto ainda está com o motor acionado e funcionando… desligo-a. Pego o telefone e informo minha namorada do que houve. Me recomponho e vou empurrando a moto até a casa dela, que é próxima ao local. Deixo a moto no estacionamento do prédio e sigo para o Pronto Socorro.

Faço a ficha, passo por uma bateria de radiografias e exames.

O saldo? Algumas queimaduras por abrasão no joelho, panturrilha,  mão e dedo mínimo esquerdos. Pego atestado médico, retorno ao trabalho na manhã seguinte. Desta vez, à pé. Por sorte, nada quebrado em mim. Na manhã desta sexta-feira, um profissional da autorizada vem buscar minha moto. Agora, é esperar para curar as feridas e conseguir o dinheiro necessário para cobrir os gastos com os reparos.

Abaixo, as fotos de como ficaram a moto e o capacete:

Dianteira - lateral esquerda- farol, painel e lanterna danificados

Dianteira - frontal - farol, retrovisor, lanterna e painel danificados

Paralama dianteiro

Uma vista lateral do painel. De inclinado a pouco mais de 30º, chegou a quase 90º com o impacto

Uma olhada mais de perto de como ficou a lente e o aro do farol

Estado do interruptor da iluminação da moto - lado direito do guidão

Estado da proteção e do manete da embreagem - lado esquerdo do guidão

Pedaleira do piloto - lado esquerdo

Lado esquerdo do bagageiro. Acho que vai precisar ser repintado. Se fosse da Dafra Super100, teria resistido assim?

Lado direito - danos no farol e painel

Vista dos estragos no painel

Vista do manete esquerdo e retrovisor esquerdo

Detalhe da seta esqueda traseira. Quebrou, mas continua funcionando!

Agora o detalhe do aro do farol e da seta dianteira esquerda

Mais um close do estrago no pára-lama dianteiro

Outra vista do farol

Detalhe do local no capacete atingido na queda

Outro detalhe do capacete

Detalhe da mão esquerda e dedo mínimo

Recesso

Voltando do recesso de fim de ano… Já não era sem tempo, né?

Voltei… e com notícias bombásticas.

Aguardem!